O cálculo renal e a pedra na vesícula são duas enfermidades diferentes, mas geram algumas dúvidas à população. Entender as características, causas e sintomas de cada uma é fundamental para um melhor tratamento em ambos os casos.
Por serem parecidos, os termos causam a confusão. Popularmente, o cálculo renal também é conhecido como pedra nos rins, enquanto a pedra na vesícula é referenciada na área médica como cálculo biliar. Neste artigo você poderá conferir a diferença entre ambas as enfermidades.
Cálculo renal
Os cálculos renais se formam no sistema urinário, que compreende os rins, a bexiga, a uretra e os ureteres. São pequenos cristais sólidos, que se concentram na região – e não apenas no rim, como muitas pessoas convencionam, apesar de ser o órgão de incidência mais comum.
Causas
A falta de hidratação e baixo volume de líquido ingerido causam insuficiência de urina, acumulando minerais no local. Há, ainda, a excreção urinária contendo excesso de minerais como o cálcio e fosfato, além de alguns distúrbios metabólicos do ácido úrico.
Sintomas
A doença só será perceptível quando o organismo tentar livrar os rins dos cálculos renais e estes chegarem até a bexiga e uretra. No próprio rim eles não são sentidos. O principal sintoma é uma cólica renal que pode ser moderada ou muito forte.
Tratamento
Nos cálculos renais, quando o indivíduo não consegue eliminar naturalmente os cristais, o processo é feito através da litotripsia que fragmentará as pedras para a eliminação via urina. Em casos mais graves, com cálculos maiores, é preciso da endoscopia e até cirurgia.
Pedra na vesícula
Incidente na vesícula biliar e/ou nos dutos biliares, esse tipo de cálculo surge a partir de uma aglomeração de cristais na região. A vesícula serve para armazenar e concentrar a bile que será utilizada na digestão e quando ocorrem variações na saturação do colesterol, sais biliares e bilirrubinatos que compõe a bile, podem formar cristais.
Causas
Ainda que os estudos não apontem de forma contundente as causas, a solubilidade dos componentes da bile e do colesterol contribui para os cálculos biliares. Há, ainda, características que aumentam o risco, como mulheres em idade fértil e acima de 40 anos, consumo excessivo de gordura e pouca fibra, obesidade, entre outros.
Sintomas
Assim como os cálculos renais, as pedras na vesícula podem ser assintomáticas. Enjoo e intolerância a alimentos com gordura são as principais formas de constatar a enfermidade.
Tratamento
O procedimento é cirúrgico e, se possível, minimamente invasivo. Busca-se retirar os cálculos biliares, removendo a vesícula biliar. Contudo, o tratamento da pedra na vesícula deve ser avaliado para não comprometer a saúde do indivíduo.
Como saber a diferença
Além das características supracitadas, o cálculo renal e a pedra na vesícula podem ser diferenciados pela dor. A dor do cálculo renal, que atinge o sistema urinário, incide nas costas e do lado em que estão os cálculos. A dor do cálculo biliar acomete apenas o lado direito do corpo, na região frontal do abdômen.
Ambas as doenças têm tratamento e, por isso, é importante ficar atento aos sintomas e/ou fazer exames – principalmente para identificar os cálculos biliares. Grupos de risco precisam tomar medidas para evitar as doenças.
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