A hepatite C é uma infecção viral que se espalha através do sangue contaminado, causando uma inflamação do fígado que pode trazer sérios danos ao órgão.
Até recentemente, o tratamento exigia injeções semanais e medicamentos orais que muitas pessoas infectadas não podiam tomar por causa de outros problemas de saúde ou efeitos colaterais inaceitáveis. Isso está mudando. Hoje, a hepatite C pode ser tratada com medicamentos orais tomados todos os dias por períodos de dois a seis meses.
No entanto, ainda hoje, cerca de metade das pessoas com o vírus não sabem que estão infectadas. Isso se dá, principalmente porque, em alguns casos, os sintomas levam décadas para aparecer.
A infecção prolongada pelo vírus da hepatite C (HCV) é conhecida como hepatite C crônica. Geralmente essa é uma infecção “silenciosa” por muitos anos, até que o vírus danifique o fígado o suficiente para causar os sinais e sintomas da doença hepática.
Entre esses sinais e sintomas estão:
- Sangramentos;
- Feridas com frequência;
- Fadiga;
- Pouco apetite;
- Coloração amarela da pele e dos olhos (icterícia);
- Urina de cor escura;
- Comichão na pele;
- Acúmulo de líquidos no abdômen (ascite);
- Inchaço nas pernas;
- Perda de peso;
- Confusão, sonolência e fala arrastada (encefalopatia hepática);
- Vasos sanguíneos parecidos com aranhas na pele (angiomas de aranha).
Toda infecção crônica por hepatite C começa com uma fase aguda. A infecção aguda por hepatite C nem sempre se torna crônica. Algumas pessoas eliminam o VHC de seus corpos após a fase aguda, um resultado conhecido como depuração viral espontânea. Em estudos com pessoas diagnosticadas com VHC agudo, as taxas de depuração espontânea variaram de 14% a 50%. A hepatite C aguda também responde bem à terapia antiviral.
Causas da hepatite C
A infecção causada pelo vírus da hepatite C se espalha quando o sangue contaminado com o vírus entra na corrente sanguínea de uma pessoa não infectada. Globalmente, o HCV existe em várias formas distintas, conhecidas como genótipos.
O genótipo de HCV mais comum na América do Norte e Europa é o tipo 1. O tipo 2 também ocorre nos Estados Unidos e na Europa, mas é menos comum que o tipo 1. Ambos os tipos 1 e 2 também se espalharam por grande parte do mundo.
Os riscos de infecção por hepatite C aumentam se você:
- É um profissional de saúde que foi exposto a sangue infectado, o que pode acontecer se uma agulha infectada perfurar sua pele;
- Já fez uso de narcóticos injetáveis;
- Tem HIV;
- Recebeu um piercing ou tatuagem usando equipamentos não esterilizados;
- Recebeu uma transfusão de sangue ou transplante de órgão antes de 1992;
- Recebeu tratamentos de hemodiálise por um longo período de tempo;
- Nasceu de uma mulher com uma infecção por hepatite C;
- Já esteve na prisão;
- Nasceu entre 1945 e 1965, a faixa etária com maior incidência de infecção por hepatite C.
Evitar algumas das situações acima é a melhor forma de se prevenir contra a Hepatite C.
É preciso cuidar sempre dos seguintes aspectos:
- evite o compartilhamento de objetos pessoais como lâminas de barbear e escovas de dente;
- use preservativos;
- garanta que, sempre que necessite utilizar agulhas, estas sejam descartáveis;
- não utilize objetos compartilhados que possam entrar em contato com o sangue (alicates de cutícula, navalhas, pinças…). Caso não seja possível evitar, garanta que estejam devidamente esterilizados.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como cirurgião do aparelho digestivo em Ilha Solteira e Barretos!