Segundo dados da organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil novos casos de câncer de fígado são diagnosticados a cada ano, no mundo. Uma das opções de tratamento para a doença é a hepatectomia, isto é, uma cirurgia para retirada de parte do órgão.
Neste texto esclarecem-se as principais dúvidas sobre o procedimentos, desde as indicações mais comuns até os cuidados no pós-operatório.
O que é hepatectomia
Trata-se de uma cirurgia para a remoção total do fígado ou parte dele. Normalmente, é indicada para o tratamento de tumor no órgão, mas também é realizada no transplante de fígado, tanto no doador quanto no receptor.
O procedimento dura, em média, quatro horas. Ocorre por via aberta, com uma incisão na parte superior do abdômen. Dependendo da localização e tamanho do tumor, a cirurgia pode ocorrer por videolaparoscopia. Até 75% do fígado pode ser retirado na cirurgia.
Após a cirurgia, o indivíduo deve permanecer na unidade de terapia intensiva entre um ou dois dias. Se tudo correr bem, o fígado começa a se regenerar após 48 horas. Então, dentro de quatro semanas volta ao seu tamanho normal.
A mortalidade da cirurgia gira em torno de 1% a 2,5%.
Quando a hepatectomia é indicada
O procedimento geralmente é indicado para o tratamento de tumores benignos ou malignos no fígado.
No caso dos tumores benignos, os mais tratados por essa cirurgia são o hemangioma hepático e o adenoma hepatocelular. Cálculos biliares intra-hepáticos e doenças císticas de vias biliares também podem ser tratados com o procedimento.
A cirurgia também é recomendada no tratamento de metástase no fígado e de tumores como o carcinoma hepatocelular. Em ambos os casos o indivíduo precisa estar saudável, para que a parte do fígado que não for retirada consiga se regenerar.
No caso de hepatectomia para transplante de fígado, se o doador não estiver vivo, a remoção será completa. Entretanto, se o doador estiver vivo, a cirurgia será parcial.
Possíveis complicações da cirurgia
Toda cirurgia apresenta riscos de complicação e com a hepatectomia não é diferente. Problemas como pneumonia, insuficiência hepática, hemorragia, bem como trombose podem ocorrer após o procedimento.
Pós-operatório
Cerca de 19% dos indivíduos podem desenvolver complicações no pós-operatório, por isso, alguns cuidados são necessários.
Muitos podem sentir dor. Dessa forma, o médico pode prescrever medicamentos para, assim como para evitar cansaço ou fraqueza. Diarreia também é comum.
Em caso de transplante, o indivíduo receptor deve permanecer no hospital por algumas semanas, a fim de acompanhar se o organismo rejeitará o órgão. Os medicamentos prescritos podem causar inchaço, pressão alta e aumento de pêlos no corpo.
O tempo de cura após a hepatectomia varia de acordo com o indivíduo. A equipe médica acompanhará a evolução e determinará os passos seguintes, sempre considerando o quadro clínico e as condições de cada enfermo.
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cirurgião do aparelho digestivo em Ilha Solteira e Barretos!