A compulsão alimentar é caracterizada pelo consumo exagerado de alimentos que, em muitos casos, ocorre num curto período de tempo e em grandes quantidades. O indivíduo diagnosticado com esse distúrbio come rapidamente, mesmo sem apresentar sensação de fome.
Esse distúrbio, que também é chamado de Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP), se assemelha à bulimia, com a diferença que no TCAP os episódios de descontrole não são seguidos de vômito como medida compensatória, por exemplo.
Mesmo assim, ressaltamos que esse comportamento a longo prazo compromete o funcionamento do organismo, levando o paciente a situações de alto risco no que tange à sua saúde física e mental.
Então, pensando numa forma de ajudar você a entender melhor esse transtorno, destacamos neste artigo alguns pontos que precisam ser observados. Quer ficar por dentro? Acompanhe!
Quais são as causas?
O TCAP é provocado por diferentes motivos, por isso a sua manifestação pode combinar fatores genéticos, emocionais, experimentais.
Contudo algumas pessoas se tornam mais suscetíveis a isso por conta de dietas restritivas, baixa autoestima, ansiedade, depressão, problemas emocionais, autocobrança, uma vez que esse também é um distúrbio psicológico.
Além disso o estresse é outro fator que contribui com a compulsão alimentar, pois, por não saber lidar com a pressão diária, o indivíduo acaba compensando a suas frustrações com comida.
Portanto é fundamental que os problemas emocionais sejam tratados pontualmente, a fim de evitar outros impactos negativos.
Quais são os sintomas?
Como informamos anteriormente, o consumo exagerado de alimentos, mesmo sem sentir fome, é uma das características desse tipo de transtorno.
Além disso, comer rapidamente, comer em segredo e sentir culpa ou tristeza depois de comer caracterizam alguns dos principais sinais do distúrbio.
Que riscos a compulsão alimentar traz à saúde?
Na maior parte dos casos, o TCAP culmina em obesidade. Por sinal, essa doença aumenta consideravelmente o risco de manifestação de outras patologias como diabetes, pressão alta, problemas cardiovasculares, alguns tipos de câncer, apneia do sono.
Mas a lista não para aí, porque, nessas condições, o paciente pode desenvolver cálculo renal, ter a sua capacidade respiratória reduzida, infertilidade, gastrite, hérnia, problemas vasculares, anorexia, bulimia, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), além de depressão.
Como tratar?
O tratamento implica envolvimento de diversas especialidades médicas, portanto estamos falando de uma medida multidisciplinar. Nesse caso o paciente conta com o apoio de nutricionista, nutrólogo, endocrinologista, psicólogo, psiquiatra. O diagnóstico é feito baseado nos resultados de exames clínicos e laboratoriais.
Destacamos que a implementação de medicamentos dependerá do grau de compulsão de cada paciente. Normalmente eles não são recomendados, uma vez que, em boa parte dos casos, o descontrole está associado à obesidade, ansiedade e depressão.
A compulsão alimentar, embora comprometa o funcionamento do organismo a longo prazo, é um distúrbio mental que necessita de atenção e medidas de tratamento pontuais.
Afinal de contas, o seu tratamento envolve a atuação de diferentes áreas de conhecimento, sendo assim, não é um problema que desaparece com o tempo. Dessa maneira, ressaltamos que é fundamental a ajuda médica para solucioná-la.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
cirurgião do aparelho digestivo em Ilha Solteira e Barretos!