A cirurgia hepatobiliar é uma das metodologias mais recomendadas pelos médicos para tratar anomalias envolvendo o fígado, as vias biliares (sistema hepatobiliar) e o pâncreas. O procedimento cirúrgico é necessário para consertar algo que está afetando o comportamento desses órgãos e complicando suas ações.
Mesmo que um determinado problema acometa somente um dos órgãos, esse tipo de cirurgia abrange todos eles. O procedimento é bem delicado e de alta complexibilidade, uma vez que esse sistema possui uma variedade de canais que servem para o fluxo da bile e de outras substâncias. Por isso, devem ser realizados por cirurgiões experientes.
Na maioria dos casos, a operação é uma solução contra o surgimento de nódulos e tumores benignos ou malignos.
Para que serve
Essa cirurgia trata os mais diferentes problemas que surgem no fígado, nas vias biliares e no pâncreas, como defeitos congênitos ou doenças crônicas, até formações anormais como por exemplo, os nódulos hepáticos.
A cirurgia é recomendada também como tratamento para o câncer hepatobiliar, mesmo que o nódulo seja uma metástase.
De acordo com os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) sobre mortalidade por câncer no Brasil, o câncer de fígado e vias biliares ocupa a sétima posição, sendo responsável por 4.682 óbitos anualmente. Por isso, o câncer hepatobiliar requer proficiência no seu diagnóstico e tratamento.
Tipos de Cirurgia Hepatobiliar
Hepatectomia
O método consiste na retirada parcial do fígado e é considerado o procedimento mais indicado para tratamento de um tumor. Realizada através de videolaparoscopia ou cirurgia aberta, a hepatectomia resseca somente o segmento do fígado que está acometido pelo câncer hepatobiliar.
Essa ressecção não precisa ser ampliada para mais segmentos, a não ser que a lesão já esteja num estágio mais avançado. Nesse último caso, a hepatectomia pode ser estendida para uma retirada maior do fígado, podendo chegar até 60% do órgão.
A hepatectomia é indicada para tratamento tanto de tumores malignos como hepatocarcinomas (pacientes com cirrose e hepatites) e metástases de tumores colorretais (câncer no intestino grosso) quanto de benignos como adenomas (principalmente em mulheres em uso de anticoncepcional oral).
Pancreatectomia
A pancreatectomia, por sua vez, é direcionada para quem sofre com lesões no pâncreas. É um procedimento cirúrgico que consiste na remoção total ou parcial do órgão.
Também pode ser feita por videolaparoscopia ou cirurgia aberta, sendo escolhido a forma que mais facilitar a retirada do segmento que está atingido pelo tumor benigno ou maligno.
O tipo mais comum de câncer no pâncreas é o adenocarcinoma. O único meio de curá-lo é quando o tumor ainda está confinado no órgão (ou no máximo nos gânglios próximos a ele) e a cirurgia consegue removê-lo por completo. O grande problema é que apenas 20% dos pacientes, no momento do diagnóstico, encontram-se em estágio passível de cirurgia.
A cirurgia hepatobiliar, por envolver um sistema muito complexo, formado por fígado, vias biliares e pâncreas, deve ser feita com muito cuidado. Por isso, independentemente do grau da doença que acometa estes órgão, a busca por um profissional capacitado é essencial.
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